terça-feira, 14 de junho de 2011

Enumeração, Acumulação, Ampliação e Enumeração Caótica

Nesta postagem, vou abordar as figuras da enumeração, acumulação, ampliação e enumeração caótica. Todas juntas, porque elas são muito semelhantes entre si, além de estarem relacioandas.

Enumeração

Chama-se enumeração a menção a de determinados termos ou qualidades, características, etc., de alguma coisa.

Por exemplo:

Um discípulo
Jesus,
podia dar-me um conselho?

Jesus
Dois até.

Discípulo
Então me diga:
Qual o é
o caminho,
estrada,
teologia,
atalho,
filosofia,
religião
ou seita
que eu devo seguir?

(Do Envangelho de Cristo, de Ricardo Lopes)

Acumulação

Já a acumulação é uma enumeração que se acumula. Isso é o que se dá no próprio poema acima, quando o discípulo continua a enumerar o que ele deseja saber de Jesus Cristo.

Discípulo
Como devo viver?
Sob qual o princípio
ou fim...

Com que meio?
Bíblia,
livro,
dália,
manual,
caderno...

Com que roupa
ou coisa que o valha
que eu devo pregar?

Como é que é que se reza
ou ora?


Ampliação

Quanto a ampliação é uma enumeração que se acumula, geralmente ampliando as características de cada um destes termos.

Enumeração Caótica

Por fim, a enumeração caótica, é uma enumeração cujos termos não possuem nenhuma relação entre si, sendo até mesmo díspares.

No poema que citamos acima, há quase que uma enumeração caótica, na medida em que o que cada coisa que é enumerada, em alguns casos, não possui uma relação para com as outras.

Discípulo
Como posso curar
com o dedo?
Fazer ressuscitar,
sumir?

Como se predizer
futuro,
advinhar passado
ou número de dado?

Jesus
Todo número é um.

Discípulo
Jesus, me ensina a ler
mãos,
búzios,
baralho,
olhos,
tarôt,
cristal,
oráculo
ou bula de remédio?
Jesus, me cura o tédio ?!

Como fazer milagre,
magia,
prestidigitação.

Andar sobre o mar
ou sobre o chão,
voar...

Aprender a somar,
montar equação.
E multiplicar pão
e peixes,
paus,
moedas...

Ah! Como saber ler pedras...?

Ricardo Lopes é professor, poeta e dramaturgo. Premiado com a peça “Mãe ou o antiédipo” no Concurso de Dramaturgia CarlosCarvalho, da Secretaria de Cultura da Preefeitura de Porto Alegre no ano de 2001.

Não deixe se postar o seu exercício ou poema para que eu o analise ou comente.

Não deixe também de indicar este blog a quem possa se interessar por ele.
Na próxima postagem realizarei um comentário sobre o exercício que desenvolvi acima.

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